É extremamente necessário realizar uma avaliação audiológica periódica para diagnosticar se há alguma alteração na audição e se for o caso, em seguida deve-se realizar a reabilitação da audição com a solução auditiva adequada

A perda auditiva traz impactos negativos progressivos importantes independentemente da idade do indivíduo:

–  Na primeira infância, os estímulos auditivos são primordiais para o desenvolvimento do Sistema Auditivo e desenvolvimento de Linguagem oral.

– Na fase escolar a audição é de suma importância para o acesso ao conteúdo, melhor desempenho na comunicação, relacionamento e aprendizagem.

– Na vida adulta as demandas comunicativas em diversos contextos profissionais e cotidianos exigem total foco e audibilidade para o desempenho esperado, inclusive em ambientes ruidosos.

– Na população idosa o acesso aos estímulos auditivos pode possibilitar melhor desempenho dos processos cognitivos, além de evitar isolamento e diminuição da participação das atividades cotidianas.

1. Dificuldades ao falar ao telefone, “perde” alguns sons e palavras;
2. Amigos ou familiares começam a dizer que você fala muito alto,
3. Você pede frequentemente para repetir alguma informação, afirmando muitas vezes “o quê?”;
4. Ter a sensação de ouvido tapadoou ouvir um pequeno zumbido;
5. Olhar constantemente para os lábios dos familiares e amigos para entender melhor as falas;
6. Necessidade de aumentar o volume da TV ou rádio para ouvir melhor.
7. Sensação que ouve mas não entende.

Sim. após a presença de um som muito forte e repentino próximo ao ouvido, seguido de sensação de pressão no ouvido e fadiga (ex.: estouro, tiro, bomba, etc.) pode ocorrer uma Perda auditiva Agúda (Trauma acústico). A exposição a sons muito fortes (superiores a 90dB) dependendo da duração podem lesar as estruturas do órgão nobre da audição (órgão espiral) e provocar perdas auditivas temporárias ou permanentes Em todo caso de trauma acústico, o mais indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se a perda causada por sons intensos será temporária ou irreversível.

• Fonte: Freire, KM. Saúde Auditiva em Músicos. Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. Cap. 131 p. 994. 2014.

Se não houver proteção e dependendo do tempo de trabalho SIM. A exposição ao ruído ou ao som de forma continuada e em intensidade elevada pode causar Perda Auditiva Induzida por Ruído – muito recorrente em profissionais que ficam em ambientes muito ruidosos por muito tempo, como por exemplo trabalhadores de indústrias, músicos e instrumentistas que não utilizam Equipamento de Proteção Individual

Sim.  Se for um hábito diário, estar exposto à sons muito altos (pressão sonora elevada) por uma longa duração de tempo (música em alta intensidade, fones de ouvido/equipamentos, boates, festas shows, instrumentistas, etc). Nossas orelhas estão sempre ouvindo e não diferenciam um som de outro. Sofrem os efeitos lesivos mesmo que o som que ouvimos seja considerado música agradável para nossas orelhas. É a exposição ao volume elevado que pode causar a lesão permanente e não o tipo de som que ouvimos

• Fonte: Freire, KM. Saúde Auditiva em Músicos. Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia. Cap. 131 p. 994. 2014.

Sim. É muito comum ocorrer alteração auditiva decorrente do processo de envelhecimento (Presbiacusia), geralmente pode comprometer a percepção os sons agudos e o entendimento da fala. É a 3ª patologia mais prevalente nesta faixa etária (1ªartrite e 2ª hipertensão arterial). Geralmente o surgimento da presbiacusia é lento, gradual e progressivo, gerando grande impacto na qualidade de vida do idoso e sua família, por isso é muito importante procurar ajuda o quanto antes!

Essa queixa é muito comum, pode estar relacionada à presença de uma perda auditiva parcial (grau leve ou moderado), portanto parte dos sons pode ser percebido. Nestes casos a dificuldade se intensifica em contextos desafiadores, como conversação em ambientes ruidosos e com muitas pessoas. Outra possibilidade é ocorrer essa queixa mesmo em casos em que a audição periférica é normal (audiometria) mas pode ocorrer dificuldades no processamento do som no sistema auditivo central até o córtex. Ambas as situações têm tratamento eficazes.

O impacto da deficiência auditiva vai além das questões Psico-sociais, dificuldades na comunicação, prejuízo nas atividades cotidianas e isolamento.

O uso do IC e AASI não é necessário somente para tornar sons audíveis mas sambem para buscar ao máximo o equilíbrio e consistência da estimulação, prevenindo privação!!! O conceito de Privação sensorial auditiva está relacionado à falta de informações auditivas periféricas imposta pela deficiência auditiva… Neste momento o envio de pistas importantes ao córtex auditivo é COMPROMETIDO, levando a modificações nas redes sinápticas e consequentemente no desenvolvimento auditivo (Boéchat e Figueiredo, 2014)

Por isso o uso contínuo do dispositivo auditivo deve ser feito sempre, e iniciado o quanto antes a perda auditiva surgir.

Após a adaptação do dispositivo auditivo como solução à Perda auditiva, é fundamental que a função da audição e comunicação seja reabilitada, em crianças, adultos e idosos.Portanto a estimulação de linguagem e a reabilitação das habilidades auditivas devem ser trabalhadas para que o usuário (aparelho auditivo, implante coclear etc,) sejam possam ter o melhor desempenho auditivo e de comunicação.

Após a avaliação médica (otorrinolaringológica) finalizada e verificada a necessidade do uso – diagnóstico da Perda Auditiva bilateral e também unilateral, por meio da Audiometria (fonoaudiólogo) o processo de seleção e indicação é iniciado, para buscar a melhor solução auditiva. Podem ser usuários:

• Bebês e Crianças pequenas: fundamental para a aquisição e desenvolvimento de linguagem oral.
• Crianças em Idade escolar: benefícios nos processos de aprendizagem e comunicação.
• Adolescentes e adultos: melhor desempenho social, escolar, profissional e comunicativo.
• Idosos: melhor comunicação e qualidade de vida, diminuindo as chances de alterações emocionais, isolamento e melhores condições nos processos relacionados à cognição e memória.

•  Melhora da audição, tornando-se semelhante à audição normal em muitos casos.
• Possibilidade de aquisição e desenvolvimento de fala e linguagem compatíveis em crianças que nasceram com surdez e foram implantados precocemente.
•  Melhorias na auto-estima do usuário
• Melhor comunicação com a família, amigos e professores.
• Melhor desempenho acadêmico e profissional
• Melhor qualidade de vida

Cada modelo e potência é indicado  dependendo do perfil, grau e tipo de perda auditiva do paciente, portanto após a Audiometria você poderá conhecer as opções de acordo com sua audição, necessidades e estilo de vida! Hoje a tecnologia possibilita aparelhos auditivos muito mais discretos, confortáveis e com qualidade sonora! O aparelho Auditivo sera selecionado de acordo com a perda auditiva, estilo de vida e preferências , programas específicos para cada situação e ambiente podem ser ajustados. Existem dentre muitas opções:

• Aparelhos Auditivos que ficam no canal auditivo
• Opção de bateria recarregável (sem a necessidade de pilhas)
• Aparelhos com conexão à internet (interação com e-mail, mensagens de texto, itens automatizados, etc)
• Aparelho Auditivo totalmente invisível (possibilidade de dormir e tomar banho)

A avaliação fonoaudiológica é essencial para direcionar e propor o melhor tipo de reabilitação para cada paciente.  Os casos indicados para o implante coclear são pacientes com Perda Auditiva do tipo sensorionaural e grau severo a profundo, que tenham  benefício limitado com o uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), benefício limitado em discriminação de fala (até 50% de acerto em testes de percepção de sentenças em conjunto aberto com AASI, anatomia favorável. É essencial que haja adequação psicológica e motivação da família para o uso do implante coclear, compromisso em relação à manutenção/cuidados e para o processo de reabilitação fonoaudiológica;  acesso à terapia fonoaudiológica com condições adequadas de reabilitação auditiva na região de origem (referência/contra referência) e compromisso do paciente em zelar dos componentes externos do implante coclear e realizar o processo de reabilitação fonoaudiológica.

O Implante Coclear possibilita a restauração da audição por meio da estimulação elétrica direta do gânglio espiral – parte da cóclea onde os corpos celulares das fibras do nervo auditivo estão situados. É um sistema composto por um componente externo e interno, posicionado cirurgicamente. O componente externo é chamado processador de fala com um microfone  que codifica este sinal  que é codificado e enviado à antena, por meio de um cabo,  que transmite por radiofrequência para o receptor-estimulador interno. O Receptor estimulador interno envia o sinal codificado aos eletrodos intracocleares responsáveis por estimular as fibras neurais remanescentes na cóclea

•  Melhora da audição, tornando-se semelhante à audição normal em muitos casos.
• Possibilidade de aquisição e desenvolvimento de fala e linguagem compatíveis em crianças que nasceram com surdez e foram implantados precocemente.
•  Melhorias na auto-estima do usuário
• Melhor comunicação com a família, amigos e professores.
• Melhor desempenho acadêmico e profissional
• Melhor qualidade de vida

 

Não. Se o paciente estiver nos critérios de indicação (avaliados pela equipe) não há idade limite (bebês e idosos). Quanto mais cedo o diagnóstico audiológico for feito, melhores serão os resultados se a cirurgia de Implante Coclear for recomendada. Isso porque quanto menor o tempo sem a estimulação da audição, melhor o cérebro pode se adaptar a novos sons e reorganizar novas conexões no Sistema Auditivo.

Sim. A avaliação médica e audiológica criteriosa deve ser feita para definir se o paciente é apto a cirurgia de Implante Coclear, segundo os critérios de indicação relacionados ao grau de perda auditiva e aproveitamento  do AASI, tempo em que ficou sem estimulação auditiva, anatomia, saúde geral, etc.

Hoje em dia, com o desenvolvimento de pesquisas e após uma correta avaliação do paciente os riscos são reduzidos, incluindo os riscos que há em qualquer cirurgia no caso de uso de anestesia geral. Outro risco reduzido é o de paralisia do nervo facial, pois existem equipamentos de monitorização do nervo facial que também são essenciais para a segurança do paciente.

Sim. Os eletrodos implantados precisam ser ajustados em relação aos níveis de carga elétrica para a percepção adequada dos sons ambientais e sons de fala. Além disso, é necessário o acompanhamento para a reabilitação auditiva e de fala, para otimizar a comunicação e o resultado do IC.

No caso do AASI o som é amplificado e conduzido para a o sistema Auditivo do paciente. No caso do Implante Coclear os estímulos acústicos são convertidos em pulsos elétricos: o eletrodo é posicionado cirurgicamente no órgão sensorial da audição (cóclea) possibilitando a estimulação direta ao nervo auditivo.

Sim, tanto o procedimento cirúrgico como o dispositivo interno e externo são cobertos pelos planos de saúde, conforme rol da ANS.

Em muitos destes casos a criança nasce com uma perda auditiva e não é possível  adaptar um Aparelho de Amplificação Sonora Individual convenciona, pois as características anatômicas não permitem (má formação da região da orelha, canal auditivo, etc.) Porém a estimulação auditiva é fundamental para a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral e fala, bem como o desempenho escolar posteriormente. Neste caso é possível avaliar a indicação à uma prótese auditiva que transmite os sons por vibração óssea.

Em alguns casos de pacientes com perda auditiva, não é possível  adaptar um Aparelho de Amplificação Sonora Individual convencional… ou porquê as características anatômicas não permitem (má formação da região da orelha, canal auditivo, etc.), também em casos de infecções de ouvido frequentes ou até mesmo em casos de surdez profunda unilateral (Single Sided Deafness): mesmo com aparelhos potentes não é possível ter acesso aos sons de fala. Nestes casos a opção indicada são as próteses auditivas implantáveis que estimulam a audição por condução óssea! Sim nós ouvimos também desta forma.

Quando não é possível  adaptar um Aparelho Auditivo convencional… ou porquê as características anatômicas não permitem (má formação da região da orelha, canal auditivo, etc.), também em casos de infecções de ouvido frequentes ou até mesmo em casos de surdez profunda unilateral.

Sim! É possível adaptar esta prótese auditiva antes da tomada de decisão pela cirurgia, e conhecendo o tipo e sensação do som que este sistema possibilita o paciente se sente mais seguro e apto para dar seguimento ao processo da cirurgia.

SIm, tanto o procedimento cirúrgico, como o implante e processador externo, ou no caso de crianças e pacientes que não podem passar pelo procedimento cirúrgico,  é o arco/faixa de adaptação e processador de fala externo e posteriormente a cirurgia se for o caso.

Sim, para alguns tipos de perda auditiva o teste pode ser realizado, e estando dentro da indicação o processador também é coberto pelos planos de saúde.

Inicialmente é necessária a avaliação Audiológica completa e recente para verificação da integridade do sistema auditivo periférico.

Para a avaliação do Processamento auditivo são selecionados e realizados diferentes testes em cabina acústica, de acordo coma queixa e idade do paciente, e vão simular situações desafiadoras de escuta e compreensão auditiva, as quais exigem um bom desempenho das habilidades auditivas.  A duração da avaliação é de 1 hora aproximadamente, podendo ser necessárias duas sessões.

•  Crianças, adolescentes e adultos com alteração do processamento auditivo
• Idosos com dificuldade de compreensão da fala
• Usuários de aparelhos auditivos ou implante coclear