Implante Coclear

Algumas pessoas que têm perda auditiva mesmo utilizando Aparelhos Auditivos potentes não conseguem mais ouvir os sons da fala… São casos em que a perda auditiva é do tipo sensorioneural de grau profundo, ou seja, o órgão sensorial auditivo (cóclea) já não está exercendo sua função adequadamente. Nestes casos, estando o paciente dentro dos critérios de indicação para o Implante Coclear, o médico otorrinolaringologista pode inserir um eletrodo cirurgicamente que vai fazer o papel da cóclea e possibilita a estimulação elétrica ao nervo auditivo, e a todo o sistema auditivo nervoso central! Então utilizando um Processador de fala externo e com a reabilitação auditiva adequada o paciente pode passar a receber os estímulos sonoros de forma que percebe o sinal elétrico como SOM!!! É incrível não é mesmo?

 

 

Como funciona o Implante Coclear?

O Implante Coclear possibilita a restauração da audição por meio da estimulação elétrica direta do gânglio espiral – parte da cóclea onde os corpos celulares das fibras do nervo auditivo estão situados. É um sistema composto por um componente externo e interno, posicionado cirurgicamente. O componente externo é chamado processador de fala com um microfone que codifica este sinal  que é codificado e enviado à antena, por meio de um cabo,  que transmite por radiofrequência para o receptor-estimulador interno. O Receptor estimulador interno envia o sinal codificado aos eletrodos intracocleares responsáveis por estimular as fibras neurais remanescentes na cóclea

Quais os benefícios do Implante Coclear?

– Melhora da audição, tornando-se semelhante à audição normal em muitos casos.

– Possibilidade de aquisição e desenvolvimento de fala e linguagem compatíveis em crianças que nasceram com surdez e foram implantados precocemente.
– Melhorias na auto-estima do usuário

– Melhor comunicação com a família, amigos e professores.

– Melhor qualidade de vida

 

Quem pode ser indicado à cirurgia de Implante Coclear?

A avaliação fonoaudiológica é essencial para direcionar e propor o melhor tipo de reabilitação para cada paciente.  Os casos indicados para o implante coclear são pacientes com Perda Auditiva do tipo sensorionaural e grau severo a profundo, que tenham  benefício limitado com o uso de Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI), benefício limitado em discriminação de fala (até 50% de acerto em testes de percepção de sentenças em conjunto aberto com AASI, anatomia favorável. É essencial que haja adequação psicológica e motivação da família para o uso do implante coclear, compromisso em relação à manutenção/cuidados e para o processo de reabilitação fonoaudiológica;  acesso à terapia fonoaudiológica com condições adequadas de reabilitação auditiva na região de origem (referência/contra referência) e compromisso do paciente em zelar dos componentes externos do implante coclear e realizar o processo de reabilitação fonoaudiológica

 

 Marcas de Implante Coclear

medel.com/pro/

advancedbionics.com/

www.cochlear.com/br/pt/home

oticonmedical.com/

 

Modelo Processador de fala Retroauricular

 

 

Modelo Processador de fala com componente único

 

 

 

Por que o deficiente auditivo não deve deixar de estimular sua audição?

O impacto da deficiência auditiva vai além das questões Psico-sociais, dificuldades na comunicação, prejuízo nas atividades cotidianas e isolamento.

O uso do IC e AASI não é necessário somente para tornar sons audíveis mas sambem para buscar ao máximo o equilíbrio e consistência da estimulação, prevenindo privação!!! O conceito de Privação sensorial auditiva está relacionado à falta de informações auditivas periféricas imposta pela deficiência auditiva… Neste momento o envio de pistas importantes ao córtex auditivo é comprometido, levando a modificações nas redes sinápticas e consequentemente no desenvolvimento auditivo (Boéchat e Figueiredo, 2014)

Por isso o uso contínuo do dispositivo auditivo deve ser feito sempre, e iniciado o quanto antes a perda auditiva surgir.

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Fonte: Biomarcadores corticais – Parâmetros da Privação e Estimulação Auditiva. Edilene Boéchat; Sabrina Figueiredo. Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia, Cap. 127. Pág. 968-972.

 

 

 

 

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